domingo, 24 de agosto de 2008

Dois dias, quinhentos anos...

Abre cortina dos tempos
Queima fogo encantado
Pois se um dia fui menino
Esse menino jaz enterrado
Dança a dança dos dias
Gira a roda dos meses
Morre o perecer dos anos
Por agora, outrora e sempre
E amanhã?
Amanhã é presente e passado
Pois se houve um hoje
Esse hoje jaz enterrado
Perecem o rei e o grilhão
Limpa-os a chuva e o vento
Pois se um dia fui escravo
Desse dia não me lembro
Libertam os pés já cansados
Descalçam as botas
E correm ao vento
Pois se um dia os amarraram
Desse dia não me lembro
Dança dança dos dias
Cai o desabar dos séculos
Agora sou chama negra que brilha
Sou criança que corre e que grita
Viva! Viva! Viva o alvorecer anarquista!

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